Fundo promove estudo de restauração florestal entre Vitória e Porto

 

Profissionais, instituições, lideranças e empresas que desenvolvem projetos socioambientais com foco na restauração de paisagens e regeneração de matas nativas podem participar do 3º Study Tour Brasil, promovido pelo FASB (Fundo Ambiental Sul Baiano).

Serão seis dias, de 13 a 18/05, com programação que inclui visitas a iniciativas de sucesso e uso sustentável do solo em comunidades tradicionais e propriedades privadas entre Vitória/ES e Porto Seguro. Essa região, chamada de Hileia Baiana, compõe uma das áreas com o maior número de fragmentos florestais significativos para a conservação da Mata Atlântica.

 

 

O roteiro começa na capital capixaba e passa por Aracruz, Itaúnas, Viveito Anauá (Teixeira de Freitas), Cumuruxatiba e Parque Pau-Brasil, com encerramento na UFSB, em Porto Seguro. Com vagas limitadas, as inscrições são online pelo site do FASB e vão até 07/05. A taxa é R$ 4 mil, incluindo transfers, alimentação e hospedagem.

O estudo inclui vivências e questionamentos de como reforçar a governança; como garantir apoio financeiro inovador para a construção de um corredor; como a cadeia de produção associada à restauração pode satisfazer as necessidades das ações de restauração; entre outros.

 

Investimento em projetos

Para Márcio Braga, coordenador geral do FASB, “este será um momento para refletir sobre o desenvolvimento de projetos que reestruturem a cobertura vegetal de um dos ecossistemas mais importantes do país, com destaque na aplicação de novas tecnologias, investimento de recursos financeiros, parcerias institucionais, geração de renda e eficiência.”

3º Study Tour Brasil conta com apoio do WWF-Brasil, que atua coletivamente na conservação ambiental da região da Hileia Baiana; e do Diálogo Florestal, por meio do Fórum Florestal da Bahia, espaço permanente de diálogo da sociedade sobre as florestas no Sul e Extremo Sul baiano.

"A expansão do FASB para o Espírito Santo é uma oportunidade de fortalecer a cadeia da restauração na região e de apoiar as organizações na implementação de projetos desenvolvidos localmente", afirma Daniel Venturi, especialista de Conservação e líder da estratégia de Mata Atlântica do WWF-Brasil.

De acordo com a secretária executiva do Fórum Florestal da Bahia, Erica Munaro, “o Study Tour será uma oportunidade de nos aproximar das diferentes realidades de comunidades e instituições que estão atuando na construção de soluções para uso e conservação de paisagens sustentáveis. Dessa forma, poderemos refletir sobre os desafios e oportunidades visando a conectividade da rica biodiversidade existente no Corredor Central da Mata Atlântica”.

Além da programação, ocorrerá o lançamento do segundo ciclo de investimentos do FASB em projetos socioambientais de origem do sul da Bahia e expandindo para o norte do Espírito Santo, divulgando o período e o processo de inscrição de novos projetos.


Com informações de Karina Gerin - Foto: Ascom FASB

 

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Diesel passa a ter 14% de biocombustível em sua fórmula

A partir do dia 1 de março, em cumprimento a decisão do Conselho Nacional de Política Energética, passa a valer o aumento do percentual de de 12% para 14% de biocombustível na mistura do diesel. Na mesma data do próximo ano, este percentual passará a 15% (B15).

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a importante medida contribui para a descarbonização do transporte de cargas rodoviário, um dos setores essenciais do País.

"Com isso, fortalecemos não só o nosso agronegócio, mas a agricultura familiar, combatendo as desigualdades e respeitando as vocações regionais. Prova disso é o decreto de reformulação do Selo Biocombustível Social, que editamos recentemente, fazendo com que toda a cadeia produtiva se desenvolva, desde o pequeno cooperado que tem a sua plantação até a grande usina produtora de biodiesel", salientou.

Demanda

O crescimento da demanda por biodiesel, promete ajudar a geração de renda. Estima-se que cerca de 14 mil empregos devem surgir em 2024. Além disso, o ganho em segurança energética nacional tende a evitar a importação de 2 bilhões de litros de diesel A e a redução dos gastos com importação do derivado fóssil em R$ 7,2 bilhões. Outro benefício será o de reduzir a capacidade ociosa das usinas instaladas. O aumento da demanda de matéria-prima, sobretudo da soja, será de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.


Com informações e foto do Ministério de Minas e Energia 

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Seminário debate a restauração florestal no Sul e Extremo Sul baiano

Cerca de 200 financiadores e diversos atores da cadeia de restauração florestal estão participando do seminário Reconectando Florestas. A recuperação e preservação dos remanescentes da Mata Atlântica, assim como os consequentes impactos ambientais, sociais e econômicos são os principais temas debatidos. O evento acontece no Porto Seguro Eco Bahia Hotel, dias 05 a 06/12.

Os participantes estão conhecendo os resultados dos projetos de regeneração da vegetação nativa em execução no Sul e Extremo Sul da Bahia. E também promovendo o intercâmbio de experiências exitosas e de lições aprendidas. A Organização das Nações Unidas estabeleceu que, de 2021 a 2030, é a Década de Restauração de Ecossistemas.

O seminário Reconectando Florestas é fruto da integração dos esforços do Grupo Ambiental Natureza Bela e do Instituto Ciclos de Sustentabilidade e Cidadania.

Conta com patrocínio do Ministério do Meio Ambiente (Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas), no contexto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha (BMU); com apoio financeiro do Banco Alemão de Desenvolvimento (KFW Entwicklungsbank), por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

Mais informações no local com Oscar Artaza pelo WhatsApp (73) 98814-0454.


Com informações e foto de Marcia Marcial

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Fiscalização do defeso apreende uma centena de caranguejos-uçá

Uma ação de fiscalização apreendeu em Porto Seguro cerca de cem caranguejos-uçá, capturados irregularmente durante o defeso. Esse ano, a proteção ao crustáceo acontece em três períodos: o primeiro foi de 12 a 17/01. Depois entre os dias 10 a 15/02 e em março, de 11 a 16.

Durante o defeso, é terminantemente proibida a captura, comercialização, beneficiamento, manutenção em cativeiro, dentre outros.  A blitz, dia 15/01, contou com a participação de agentes da fiscalização ambiental de Porto Seguro, em conjunto com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) e da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA).

Os caranguejos foram soltos em seu habitat. As pessoas que forem flagradas cometendo esse tipo de infração ambiental estão sujeitas a sanções que podem incluir multa e proibição de atividades. A proibição da captura, transporte e comercialização durante os períodos são amparados pela Lei 9605/98 e pelo Decreto Federal 6514/08.

Lagosta

Vale lembrar que até 30/04 está em vigor o período de defeso da lagosta. Estando, portanto, proibido a pesca das principais espécies de lagostas encontradas no litoral brasileiro. Entre elas as mais importantes - a lagosta vermelha, a cabo verde e a pintada.

De acordo com a nova regra do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante o defeso dessas espécies, ficam proibidos seu transporte, estocagem, processamento e comercialização para o mercado nacional. Permanece autorizado, no mesmo período, somente o armazenamento remanescente, mediante declaração de estoque.

Denúncias de infrações e crimes ambientais podem ser feitas pelo WhatsApp (73) 99824-6948.


Com informações e foto da Ascom PMPS

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Pelo 17º ano, o Instituto Baleia Jubarte e a Veracel Celulose estão realizando o ciclo de monitoramento dos botos-cinza na região do Terminal Marítimo de Belmonte (TMB). O objetivo é acompanhar a população da espécie na região costeira do porto e assegurar que as operações da companhia não impactem a vida desses animais.

O monitoramento dos botos-cinza é parte das condicionantes de operação da Veracel, que transporta sua carga de celulose do TMB na Costa do Descobrimento para o Portocel, no Espírito Santo. No longo prazo, traz resultados inéditos sobre a história de vida desses animais e sobre o modo como a espécie utiliza a área portuária do TMB e costeira de Belmonte.

“A presença constante de filhotes e o avistamento de indivíduos desde 2017 sugerem um possível crescimento populacional, bem como uma fidelidade dos botos na região. Por exemplo, o primeiro indivíduo fotografado lá é visto até hoje e, na última campanha, descobrimos que é uma fêmea”, conta Bianca Righi, bióloga e pesquisadora dos botos-cinza pelo Instituto Baleia Jubarte.

“Até o momento, nossos dados não comprovam que as atividades do porto impactam diretamente a vida desses animais, que continuam pescando, socializando-se e habitando a área do Terminal, mesmo com a presença das grandes embarcações, como a barcaça de celulose e o navio de dragagem”, avalia Bianca.

Tarciso Matos, coordenador de Meio Ambiente da Veracel, diz que "o quebra-mar do TMB é uma estrutura feita de pedras que tem tanto a função de criar uma região abrigada para permitir o carregamento seguro das barcaças com celulose quanto de criar um ecossistema marinho rico em microfauna e algas, que atraem cardumes de peixes. Esse é o motivo para os botos passarem boa parte do tempo na área do Terminal Marítimo”.

“O monitoramento faz parte do compromisso ambiental da Veracel em nossa operação em Belmonte e comprova a importância da colaboração entre empresas e organizações de conservação para proteger a vida marinha e promover a sustentabilidade e a segurança em nossos ecossistemas costeiros”, destaca ainda o coordenador.

Como funciona?

O monitoramento ocorre ao longo de dois períodos anuais: novembro e dezembro e fevereiro e março, épocas que apresentam as melhores condições climáticas para a observação dos botos. Em cada ciclo, três abordagens distintas são utilizadas para coletar dados sobre os botos-cinza:

Monitoramento de ponto fixo: equipes do Baleia Jubarte observam os botos a partir do píer do TMB por 10 dias consecutivos, registrando informações como o número de animais, a presença de filhotes, suas estratégias de pesca e comportamentos de socialização, bem como sua relação com as embarcações do terminal. Além disso, é realizada a foto-identificação dos botos pela nadadeira dorsal, que trazem marcas únicas de cada indivíduo - como uma impressão digital.

Monitoramento embarcado: durante outros 10 dias, as equipes do Instituto percorrem em barcos a área desde a foz do rio Jequitinhonha, no norte do TMB, até a foz do rio Preto, ao sul. Esta abordagem visa a entender a localização dos botos quando não estão no terminal de Belmonte.

Monitoramento acústico: A equipe do IBJ faz um acompanhamento e uma análise de dados acústicos para descrever os ruídos gerados pelos equipamentos e embarcações do terminal e os sons emitidos pelos botos-cinza para comunicação e durante suas estratégias de pesca. Foi observado que a faixa de frequência em que os botos se comunicam não se sobrepõe à faixa de frequência dos equipamentos utilizados na operação da Veracel.

Os botos-cinza

O boto-cinza (Sotalia guianensis) é uma espécie de golfinho que habita principalmente as águas costeiras e estuários da América do Sul. Conhecida por sua coloração acinzentada, seu corpo alongado e seu focinho curto, a espécie prefere águas mais rasas e pode ser encontrada nas regiões costeiras e em rios de água doce que se conectam ao oceano.

Os botos-cinza desempenham um papel importante nos ecossistemas aquáticos, ajudando a controlar as populações de peixes e contribuindo para a biodiversidade. Portanto, sua conservação é fundamental para a saúde dos ambientes costeiros e dos estuários. Sua expectativa de vida varia, mas geralmente está na faixa de 30 a 35 anos, e eles apresentam fidelidade a determinadas regiões marinhas, como no caso de Belmonte, na Bahia.

São animais sociais, que geralmente vivem em grupos com números variados de integrantes, desde apenas alguns indivíduos a dezenas deles. A dieta dos botos-cinza consiste principalmente em peixes, como anchovas, tainhas e outros pequenos peixes costeiros. Eles usam técnicas de pesca cooperativa para capturar suas presas em grupo.

A captura acidental em redes de pesca e danos ambientais, como alterações ou degradação de habitats causadas por atividades humanas, são cada vez mais comuns em regiões costeiras. Por isso, o boto-cinza foi classificado como “vulnerável” pelo ICMBio e está citado na Lista de Espécies Ameaçadas da Fauna.


Com informações de Aline Araujo (FleishmanHillard) - Fotos: pesquisadoras do Instituto Baleia Jubarte

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