8 de outubro: Dia do Nordestino, arretado

Desde 2009, no dia 8 de outubro é comemorada o Dia do Nordestino, criado para homenagear as raízes e as tradições culturais desse povo arretado. A data foi escolhida por marcar o nascimento do poeta popular, cantor e compositor cearense Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré. 

Para homenagear esse povo batalhador, o Jornal do Sol, vem expor um pouco do legado que o Nordeste e os nordestinos trouxeram para o planeta e que ecoa nos quatro cantos do mundo. São expressões culturais e de linguagem, literatura, música, culinária, dança, lendas e personalidades, que influenciam e enchem de alegria todos os que um dia puderam ouvir um Oxente, um Oxe, um Visse, um Perainda e sorrir por dentro, sabendo que a felicidade mora ali. Que tal comemorar a data falando de coisas da terra?

Cultura

Com uma cultura tão diversificada, o Nordeste possui riqueza cultural é visível para além de suas manifestações folclóricas e populares. A literatura nordestina tem dado grande contribuição para o cenário literário brasileiro, destacando-se grandes nomes. Isso sem falar dos novos escritores e a literatura de cordel, tão difundida no sertão nordestino. Ainda falando dessa cultura de oralidade temos os repentistas e os de embolada, um espetáculo à parte.

E a música? A Música Popular Brasileira também é representada por este canto do país, inclusive é aqui que acontece as duas maiores demonstrações populares brasileiras: O Carnaval e as Festas Juninas, que são impensáveis sem o ritmo nordestino.

O maracatu, a capoeira, o forró, o coco, o xaxado, o martelo agalopado, o samba de roda, o baião, o xote, o axé, o frevo, o bumba meu boi e o tambor de crioula são outros exemplos desta cultura ímpar.

Artesanato

Outra parte relevante da produção cultural é o artesanato. O barro se transforma, pelas mãos dos nordestinos, em namoradeiras, jarros entre tantos outros artefatos. A madeira vira gamela, o cipó é convertido em cestos e objetos de decoração, o couro dá a vez a chapéus e percatas, enquanto pelas mãos das rendeiras, vão sendo tecidas histórias.

Inclusive o que não faltam são histórias! Principalmente pela miscigenação de povos indígenas, portugueses e negros e a mistura e o sincretismo religioso, aflorado nesta parte do mundo. As profissões de fé deste povo ultrapassam os limiares da devoção. Seja no cristianismo, nas religiões afro-brasileiras ou mesmo em outras crenças, o Nordeste tem uma forma de unir as pessoas que pensam de forma diferente.

Culinária

Ah! e por fim a deliciosa e colorida culinária nordestina, que inclusive tem representantes registrados e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, como é o caso da Cajuína e do Acarajé. E o que dizer do cuscuz, da tapioca, do vatapá e da moqueca (ambos com frutos do mar e azeite-de-dendê), do baião de dois, do mugunzá, do caruru e do sarapatel?

E que tal um bolo de rolo, uma cachaça, um beiju, as moquecas e os bobós, os pirões e os caldos de mocotó, a rabada e doces como a cocada? E o refrigerante Jesus  - patrimônio maranhense? E a carne de sol, o queijo de coalho, a buchada e o sururu? Sem falar nas frutas como Seriguela, cajá, buriti, cajarana, umbu, cupuaçu e pitomba. São estes elementos que fizeram e fazem a fama deste Nordeste plural.


Fotos: reprodução

Siga o Jornal do Sol no Instagram

LEIA TAMBÉM:

Passeio do Rio Buranhém é roteiro pouco conhecido

Ingressos para o Réveillon Axé Moi 2022 já estão à venda

Diretor de Porto Seguro discute acessibilidade em curta premiado

Moara Sacchi esbanja talento em participação no clipe de Mc Criolo

6º Festival de Dança arrecada 200 Kg de alimentos