Baleia jubarte é enterrada no Arraial d’Ajuda

Na manhã de quarta-feira, 31/08, a carcaça de uma baleia jubarte encalhou na Praia do Mucugê, no Arraial d’Ajuda, em frente ao EcoParque. A Superintendência do Litoral Sul esteve no local, para averiguar as condições do animal e como proceder para remoção e enterro.

Foi constatado que se tratava da mesma baleia que havia encalhado na praia da Pitinga no Domingo, 28/08. Por conta da dificuldade em chegar ao local e pelo seu tamanho, a operação de remoção não foi realizada, tendo a maré posteriormente deslocado o animal até a praia do Mucugê.

Já na parte da tarde, a Fiscalização Ambiental de Porto Seguro em conjunto com Secretaria do Litoral Sul, Serviços Públicos e Secretaria de Obras do Município, procederam a remoção e enterro da baleia, que media cerca de 13m e pesava 10 toneladas. A ação durou cerca de 1h e para a manobra foi utilizada uma retroescavadeira, além do trabalho de agentes designados.

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De acordo com a Bióloga Marinha do Instituto Baleia Jubarte, Maíta Moura, é comum o encalhe destes animais nesta época do ano, em razão da sua rota migratória. “E por questões ambientais e sanitárias, o correto é enterrá-las, já que o corpo desses animais em decomposição, causam mau cheiro, podem ocasionar doenças, além de atrair outros animais e gerar resíduo sólido, principalmente em locais onde há população e turismo. Em um ambiente natural e sem interferência humana, normalmente elas são deixadas para a decomposição natural”, revela.

A bióloga também revela que o maior cuidado com estes animais é mesmo por questões sanitárias e de saúde. “A baleia ainda causa muita curiosidade nas pessoas. Normalmente ao ver este gigante nas praias, as pessoas tendem a querem tocar e há o receio dos mais diversos patógenos que ela pode conter e que causar doenças. Elas são enterradas em covas fundas e longe da ação das marés para proteger a população de zoonoses e evitar que a carcaça seja exposta novamente pela ação das ondas, pois há a possibilidade de algumas doenças serem transmitidas ao homem”, finalizou.


Foto: Fiscalização Ambiental de Porto Seguro

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