Na terça-feira, dia 15 de março, uma assembleia da Polícia Civil, realizada na Praça da Piedade, em Salvador, decidiu decretar greve por reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho.
Isso porque o Governo da Bahia descumpre decisão judicial, proferida no último dia 3 de março, determinando que o Estado discuta com a categoria sobre as reivindicações. O clima de revolta tomou conta da categoria e, na manhã da segunda-feira (14), mais de 300 delegados decidiram entregar os cargos e suspender as operações policiais por 30 dias.
Dia 21
Segundo o Diretor Jurídico do Sindpoc, Roberto Cerqueira, a categoria ainda está em estado de greve, que pode ser deflagrada caso não haja diálogo por parte do governo, até a próxima segunda-feira, dia 21.
“Aprovamos em assembleia, 3 ações em conjunto: a entrega imediata das custodias, já que a função de custodiar presos não faz parte do rol de atribuições dos Investigadores de Polícia Civil; já no dia 21, todos os policiais civis presentes na assembleia, farão a entrega total dos Equipamentos de Uso Individual (EPIs), a exemplo dos coletes vencidos e outros materiais nas mesmas condições; e como última ação, os peritos técnicos, farão vistorias nos equipamentos que estão apresentado problemas por falta de manutenção e apresentarão relatório da incapacidade de uso”, ressaltou.
Diálogo
Ainda segundo o diretor a greve, que pode ser deflagrada por falta de diálogo por parte do governo, será limitada a apenas de 3 dias - de 25 a 27 de março. “No entanto, 100% do efetivo realizará a paralização.Esta data é o prazo máximo que o governo tem para encaminhar à Assembléia Legislativa da Bahia (ALBA), qualquer projeto para aprovação em regime de urgência por conta do impedimento de ano eleitoral”, explicou.
O presidente do Sindpoc, Eustáquio Lopes reafirmou que não haverá nenhum profissional para atendimento e que a culpa da greve deve ser imputada à Gestão baiana.“A conta dessa greve cairá sobre o governador Rui Costa, ele terá que dizer para os baianos porque não dialogou com o policiais civis. É lamentável ver a postura tão intransigente de um gestor público, até decisão judicial o governo descumpriu, isso gerou muita revolta na categoria”, finalizou.
Fotos: Reprodução
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