Em 19 de janeiro de 2021, o Governo do Estado imunizou a primeira baiana contra o Covid-19. Tratava-se de Maria Angélica de Carvalho Sobrinho, de 53 anos, que atua na linha de frente e contraiu a doença entre a primeira e a segunda dose, aplicada no dia 20 de março de 2021. Atendida no Instituto Couto Maia (Icom) com sintomas leves, ela relatou que na primeira dose da vacina, teve boas respostas e recuperação rápida. “É apenas a imunização que nos protege para não termos sintomas graves e não precisarmos de internação, é fundamental para não perdermos nossas pessoas queridas. Hoje já completei todo o esquema vacinal, mas continuo usando máscara, álcool em gel e evitando aglomerações”, informou.
Desde então, a Bahia recebeu 27 milhões de doses e já aplicou mais de 21 milhões, entre primeira e segunda dose, dose única e de reforço, de todos os imunizantes atualmente autorizados para uso no Brasil: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen.
Logística
O Governo do Estado tem atuado com uma logística que garante a entrega das vacinas recebidas em menos de 12 horas para os 417 municípios baianos. Cada cidade recebe as vacinas de acordo com o número de população, de acordo com a base os dados do IBGE de 2020. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado tem realizado o acompanhamento, monitoramento e a capacidade que o município tem de vacinar. A agilidade na distribuição tem mantido a Bahia como o segundo estado com menor mortalidade do Brasil pela Covid-19.
Segundo a secretária da Sáude (Sesab), Tereza Paim, o impacto da vacinação na Bahia tem evidenciado a queda no número de infectados e mortos pela doença. “Nesta quarta-feira (19), completamos um ano desde o início da vacinação e podemos fazer um comparativo entre o número de casos confirmados e internados nesse período. Em março de 2021, 7.960 pessoas estavam confirmadas e internadas, e em dezembro do mesmo ano, 557 pessoas. A taxa de mortalidade também sofreu uma queda importante e relativa à taxa de vacinação. Em março de 2021, nós tínhamos 23,4 mortes para cada cem mil habitantes, e em dezembro chegamos a 1,4. Esses dados ajudam a entender como a vacinação diminui a possibilidade da morte evitável, causada pelo coronavírus”, declarou a secretária, que alerta a população sobre a importância da imunização completa, que garante uma maior proteção contra a doença.
Eficácia
A médica infectologista Ceuci Nunes, diretora-geral do Icom, esclarece que as vacinas são eficazes e seguras. “As vacinas para Covid-19 foram desenvolvidas em um tempo recorde por conta da urgência da pandemia, mas elas se utilizaram de plataformas vacinais que já vinham sendo testadas em outras vacinas para outras doenças. Portanto, não são vacinas experimentais, elas passaram por todos os processos de avaliação, testes de segurança, testes pra avaliar doses e eficácia, e agora nós estamos com o principal dos testes que é utilizando na população em geral. Mais de 11 bilhões de doses já foi já foram aplicadas em todo mundo e não vimos o aparecimento de nenhuma reação vacinal grave” finaliza.
Com informações da Secretaria de Saúde (Sesab) Foto: Divulgação
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