Técnicos inspecionam projetos financiados pelo Fundo Ambiental

 As visitas in loco em oito dos 23 projetos socioambientais do Fundo Ambiental Sul Baiano (FASB) com o objetivo de discutir propostas de melhoria para o desenvolvimento regional foi o mote do 2º Study Tour, realizado em novembro.

Ao todo, 40 especialistas convidados entre lideranças comunitárias, indígenas, quilombolas, assentamentos, poder público e empresas do setor florestal visitaram projetos que atuam na proteção, recuperação e melhoria do desenvolvimento socioeconômico da Mata Atlântica na Costa do Descobrimento e Sul da Bahia.

Foram mais de 600 km percorridos, seis municípios e duas instituições parceiras -  a RPPN Estação Veracel e a Escola Egídio Brunetto, para o Study Tour. O coordenador do FASB, Márcio Braga,  revelou que é a primeira vez que se reúne um grupo diverso para esse momento de construção conjunta e não para resolver conflitos. “Esse é o poder do FASB. Nesses dias de aprendizado entre os participantes, compartilhando conhecimento e técnicas, o respeito foi o ponto forte mostrando a força da diversidade, os resultados do trabalho e a riqueza que é estarem todos juntos em um objetivo único”, declarou.

Aporte

A Kirkbi, empresa investidora de impacto dinamarquesa, esteve representada por Lars Olesen, que reforçou o objetivo do aporte de recursos. “O objetivo é de que, por meio dessas iniciativas, possam multiplicar sua abrangência no território tendo condições para investir em outros grupos produtivos. Com isso, formaremos uma rede colaborativa poderosa para fortalecer ainda mais o desenvolvimento regional”, explicou.

Na conclusão do estudo, algumas lideranças comentaram o aprendizado adquirido, como é o caso de Rozilene Lemos, que reforçou que é preciso buscar soluções para dores e sofrimentos de pessoas que trazem comida para a mesa e ensinar os encaminhamentos corretos para comercialização de forma segura e direta, além de melhorar a representatividade das comunidades, formando uma rede entre comunidades e comerciantes com grupos de interesses e afins. A presidente da Associação de Mulheres Indígenas dos Extremo Sul da Bahia, Samehy Pataxó, destacou a importância da continuidade desses projetos que auxiliam no fortalecimento e na forção de grupos e redes.

A meta do FASB com esses projetos é financiar 1.500 hectares de restauração, 1.500 hectares de uso sustentável do solo e apoiar o desenvolvimento de pelo menos cinco projetos, de modo que possam evoluir para estágios mais avançados.


Com informações e fotos do Fasb   

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