Motoristas do transporte alternativo, mais conhecido como lotações, foram à Câmara de Vereadores na sessão desta quinta, 15/03/18, com a finalidade de pedir a regulamentação do serviço. Com cartazes e bisnagas eles se manifestaram em favor da continuidade do serviço e contra as apreensões feitas frequentemente em blitzes. Na sessão, projetos de aumento salarial dos professores e de parcelamento de dívidas para contribuintes foram aprovados em segunda votação.
A manifestação dos motoristas de lotação também é resultado do requerimento nº 045/18, de autoria do vereador Kempes Neville (PPS), que “requer do Executivo Municipal a análise e elaboração de proposição versando sobre a regulamentação do transporte alternativo de passageiros”. Bolinha, como é conhecido, cobrou da administração municipal um posicionamento definitivo para resolver o problema do transporte alternativo. A iniciativa tem apoio da vereadora Ariana Felhberg (PR), que afirmou: “o prefeito é a favor. Agora estamos amparados”.
Assuntos que envolvem diretamente as economias do município passaram pela segunda votação: o Projeto de Lei 001/2018, que altera o piso salarial dos professores da rede pública municipal de ensino para 6,81% (R$ 2.455,35), para jornada de 40 horas semanais, com reajuste feito com base no piso nacional; e o Projeto de Lei 002/2018, que trata do Programa Especial de Parcelamento Porto Seguro – PEPS. O programa, segundo a proposta, visa a regularização de pagamentos de tributos, como IPTU, por exemplo, e outros de natureza não tributária. Os projetos foram propostos pelo executivo, para onde seguem para sanção e publicação em Diário Oficial.
Pequeno expediente
No pequeno expediente, os vereadores citaram os velhos problemas de uma cidade que cresce de forma desordenada. Geraldo Contador (PHS) reclamou do trânsito do bairro Baianão: “Está insuportável”. Ariana Fehlberg afirmou que o lixo tem tomado conta de algumas localidades e enfatizou: “A limpeza é uma obrigação. Não deveríamos ter que pedir isso a nenhuma secretaria”.
Rodrigo Borges (PV) questionou a necessidade da existência de algumas secretarias, como a Secretaria de Governo: “O que ela faz?”; a Secretaria de Esporte: “Não tem nem uma bola, nem medalhas, com uma folha de pagamento de R$ 45 mil, nada faz”; e a Secretaria de Agricultura e Pesca: “com máquinas que fazem trabalhos de fazendeiros particulares”. Completando o discurso, o edil questionou ainda sobre o fechamento do hospital municipal, que teria como motivação os gastos mensais de R$ 200 mil; enquanto as despesas das referidas secretarias, que segundo ele, somam cerca de R$ 190 mil reais.