Cerca de 1,2 milhão de doses do imunizante serão distribuídas para Estados e DF nos próximos dias
As primeiras doses pediátricas de vacinas Covid-19 para imunização de crianças de 5 a 11 anos chegaram ao Brasil na quinta-feira, 13/01/22. O lote de 1,2 milhão de doses da Pfizer (Comirnaty) será distribuído para estados e Distrito Federal nos próximos dias, de forma proporcional ao número de crianças em cada unidade da Federação. A imunização desse público não será obrigatória e deve começar pelo grupo prioritário, como crianças com comorbidades e deficiências permanentes.
Essa é a primeira remessa das 4,3 milhões de doses pediátricas da farmacêutica americana que devem ser entregues ao Governo Federal ainda em janeiro. O primeiro voo, operado por um Boeing 767 da LATAM Cargo, pousou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Após o desembarque, as doses foram encaminhadas para o Centro de Distribuição do Ministério da Saúde em Guarulhos (SP), onde serão submetidas aos processos de controle de qualidade e temperatura.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi a Guarulhos acompanhar de perto a chegada dos imunizantes. Na ocasião, ele destacou que, até o final de março, o país deve contar com 20 milhões de doses da vacina infantil, e a vacina poderá ser aplicada nos filhos dos pais que assim desejarem atendendo aos critérios estabelecidos pela Anvisa.
“Apesar de recente, essas vacinas têm sido aplicadas nos principais sistemas de saúde do mundo. Mais de 8 milhões de doses foram aplicadas nos Estados Unidos, e nas crianças de 5 a 11 anos não têm sido notificados eventos adversos maiores. Portanto, até o que nós sabemos de momento, existe segurança atestada não só pela Anvisa mas também por outras agências regulatórias”, acrescentou o ministro.
Ao todo, o Ministério da Saúde já encomendou 20 milhões de doses dos imunizantes. A previsão é que todas sejam entregues no primeiro trimestre. Além das unidades de janeiro, 7,3 milhões devem ser entregues em fevereiro e outras 8,4 milhões em março.
Imunização de crianças
A inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) foi anunciada na primeira semana de janiero. Para 2022, o Governo Federal assinou um contrato para aquisição de mais de 100 milhões de doses da Pfizer.
Para a imunização desse público será necessária a autorização dos pais. No caso da presença dos responsáveis no ato da vacinação, haverá dispensa do termo por escrito. A orientação da pasta é que os pais procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização.
O esquema vacinal para crianças terá o intervalo de oito semanas. O imunizante tem dosagem e composição diferentes da que é utilizada na dose para os maiores de 12 anos. A vacina para crianças será aplicada em duas doses de 0,2 ml (equivalente a 10 microgramas). A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas.
Ao todo, o Governo Federal distribuiu mais de 390 milhões de doses de vacinas Covid-19. Dessas, mais de 335 milhões foram aplicadas, sendo 161,8 milhões de primeira dose e 144,8 milhões de segunda dose ou dose única da vacina. Além disso, mais de 16 milhões de pessoas receberam a dose de reforço ou adicional contra a Covid-19.
Nova versão da Caderneta da Criança será enviada para todo o Brasil
Diferencial da edição é o conteúdo que auxilia na identificação de possível Transtorno do Espectro Autista
A versão impressa da 3ª edição da Caderneta da Criança chegará aos estados e ao DF a partir de março. A remessa a ser enviada será de aproximadamente 10 milhões de cadernetas para todo o País. A Caderneta da Criança é o instrumento que auxilia no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. E todo cidadão tem direito a receber um exemplar assim que nasce.
Na caderneta, constam os marcos de desenvolvimento neuropsicomotor, desenvolvimento afetivo e cognitivo/linguagem para acompanhamento dos profissionais que atendem a criança. Assim como nas versões anteriores, é nela que se registrarão as vacinas para proteção da saúde da criança. Há ainda informações sobre aleitamento materno, alimentação saudável, prevenção de acidentes e educação sem uso de castigos físicos, informações sobre direitos dos pais e da criança, alertas sobre o uso de aparelhos eletrônicos e orientações para o estímulo ao desenvolvimento infantil com afeto, buscando fortalecer o papel da família no cuidado.
O material contém espaços para registro de informações sobre Programas de Assistência Social, educação e vida escolar, além de espaços mais detalhados para os registros das consultas de rotina e gráficos de crescimento para o acompanhamento de crianças nascidas prematuras.
A novidade desta edição é a inclusão do instrumento Checklist M-CHART-R/F. A escala M-CHAT-R auxilia na identificação de pacientes com idade entre 16 e 30 meses com possível Transtorno do Espectro Autista (TEA). O instrumento é de rápida aplicação, pode ser utilizado por qualquer profissional da saúde, e deve ser respondido pelos pais ou cuidadores durante a consulta. A avaliação pela M-CHAT-R é obrigatória para crianças em consultas pediátricas de acompanhamento realizadas pelo Sistema Único de Saúde, segundo a Lei nº 13.438, de 26 de abril de 2017.
Na Caderneta, a orientação é que seja aplicado pela Atenção Primária durante a consulta de puericultura dos 18 meses (ou antecipadamente em caso de suspeita de atraso do desenvolvimento infantil, conforme vigilância dos marcos do desenvolvimento infantil realizada a partir das orientações).
Ainda na 3ª edição incluiu-se orientações para pais e cuidadores sobre sinais de albinismo, uma condição de saúde da pele que pode exigir cuidados específicos. Nessa Caderneta também foram reforçadas algumas sugestões de dinâmicas essenciais que contribuem para integração de pais e filhos, como o estímulo à leitura em família. Outra mudança foi na cor do layout das capas, tanto na versão Menino, quanto na versão Menina.
Histórico da caderneta
Até 2018, o material era denominado Caderneta de Saúde da Criança e teve 12 edições. No entanto, em 2019, após modificações no conteúdo, o nome foi mudado para Caderneta da Criança, dado o caráter intersetorial da recente revisão. Essa 1ª edição da Caderneta da Criança permitiu o registro de informações não só das questões de saúde, mas também pelas demais políticas sociais, especialmente assistência social e educação.
Em 2020, foi publicada a 2ª edição da Caderneta da Criança, mas somente na versão digital, trazendo apenas alguns ajustes de formatação e atualizações. Já em 2021 foi publicada a 3ª e mais recente edição.
A Caderneta da Criança foi construída por um conjunto de especialistas com vasta experiência nas áreas de crescimento e desenvolvimento infantil e pactuada de forma intersetorial com os Ministério da Cidadania e da Educação, além de ter passado por Consulta Pública em dezembro de 2015.
Com informações do Ministério da Saúde - Foto: Myke Sena e divulgação
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