Moradores denunciam som alto de boate no Centro durante a madrugada

 

ATUALIZADO DIA 15/01/25

 

Moradores da rua Pedro Álvares Cabral, no Centro de Porto Seguro, procuraram o Jornal do Sol para reclamar do alto volume do som produzido por uma boate, inaugurada recentemente no local.

Através de vídeos e mensagens, os moradores alegam que, de quinta a domingo, a música e o barulho altos atravessam a madrugada, impedindo que trabalhadores, idosos e crianças consigam dormir. Veja gravações no Instagram do Jornal do Sol.

Imagens foram feitas em dias e horários diferentes, às entre 2h e 4h30 da manhã, sempre com o volume acima do permitido pela lei. Outro morador também fez gravações em dois dias diferentes, reclamando que não consegue dormir à noite desde que a boate foi inaugurada.

“Estou na porta da minha casa, em plena quinta-feira, às 4h20 da manhã. É esse inferno aqui, estou de camisola, no meio da rua e aqui está todo mundo incomodado. É isso o que a gente escuta aqui. Amanhã a gente trabalha. Eu quero ver se vocês não vão dar providência numa coisa dessa", afirma uma moradora, comprovando o alto volume do som, com canto de pássaros ao fundo.

Os reclamantes afirmam que já fizeram denúncias junto ao MP, polícia, Secretaria de Meio Ambiente e até hoje nada foi feito. "Minha irmã está morando naquela rua e é impossível dormir direito. Vocês sabem que ali é uma área residencial, tem crianças e idosos morando naquelas casas e o pessoal já não sabe mais o que fazer", enfatiza um deles.

Ele encaminhou também um áudio de uma fiscal do Meio Ambiente, afirmando que a fiscalização esteve no local, fez a aferição do som e identificou que "o som realmente estava acima do permitido. E notificamos a pessoa, porque ele não tem licença para ter o som", informou, prometendo retornar ao local no final de semana, quando "tem fiscalização à noite".

O Jornal do Sol está à disposição para ouvir os proprietários da casa.

 

Outro lado

O Jornal do Sol foi procurado por Alan Pimenta dos Santos, proprietário da Casa 142 Bar. Ele afirma ter licença para funcionamento e que a denúncia de som alto “é mentirosa. Temos a aferição da copa e estamos dentro da lei sonora de 55 decibéis”.

“A porta inclusive na filmagem estava já fechada, porque fazemos de tudo para evitar qualquer tipo de transtorno”. Segundo ele, “não se trata de som, mas sim a intolerância”.

“Somos o único bar voltado para o público LGBTQIA+ e já recebemos várias críticas e comentários homofóbicos. Já deixaram na porta do nosso bar, um recado: vocês não são bem-vindos aqui e até fomos ameaçados de morte", diz Alan. “E por diversas vezes já tentaram e buscam formas de querer fechar o bar”.

“Infelizmente em Porto Seguro, uma entre as várias cidades que mais recebem pessoas da comunidade LGBTQIA+ durante todo o ano, as pessoas ainda cometem crimes de homofobia, são preconceituosas”.

“Somos apenas mais um bar entre vários outros que funcionam por toda a cidade, promovendo o entretenimento com som ligado. E porque virarmos alvo de crítica?”, questiona.


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