Manisfestação pela reabertura do comércio reúne cerca de 250 carros

Enquete realizada pelo Jornal do Sol no Instagran aponta que 64% são contra

 

Uma carreata realizada em 22 de abril levou comerciantes de diversos segmentos ao Centro de Porto Seguro para pedir a reabertura do comércio. De acordo com Kevin Ferrim, presidente da Uni Líderes, a manifestação teve cerca de 250 empresários. Dentre as reivindicações, eles pediram um plano efetivo do Município para o retorno às atividades comerciais, de forma que minimize os prejuízos mas mantenha os cuidados de prevenção contra o coronavírus.

“Nós criamos um plano de ação e apresentamos à prefeitura, mas ainda não vimos nada acontecer. A prefeitura não criou um plano efetivo para a volta do funcionamento do comércio. O nosso plano foi baseado em Campo Grande, que tem mais casos que a nossa cidade, mas onde o comércio não parou”, disse Kevin.

O plano proposto, segundo o presidente da Uni Líderes prevê, dentre outros, horário de funcionamento específicos para comércio e repartições públicas; funcionamento de estabelecimentos como restaurantes com 50% de capacidade; lotação máxima de 30% da capacidade normal para locais de atendimento ao público; rigor na limpeza de superfícies, fornecimento de álcool em gel, local para os clientes lavarem as mãos. As sugestões não contemplam todos os tipos de comércio, como academias e entretenimento, por exemplo.

“A nossa preocupação é que nosso comércio depende totalmente do turismo. Não estamos falando em abrir para a chegada de turistas. Todos já estamos tendo prejuízos e isso vai ser gigantesco. Nosso pedido é para amenizar a situação. Estamos até sendo chamados de genocidas. A gente não quer abertura do comércio de forma desorganizada, mas de forma organizada”.

Atualmente, a não ser em relação aos serviços essenciais, o decreto municipal mais recente permite a abertura de lojas do comércio apenas para funcionamento em sistema de delivery. “Nossa sugestão é que o comércio funcione de portas abertas, mas que exista uma limitação de entrada, distanciamento, usos de máscaras e álcool em gel, como estão funcionando as farmácias e supermercados”, afirma Kevin.

O presidente da Uni Líderes questionou ainda a disponibilidade do poder público em apoiar mais as ações para reduzir os impactos financeiros negativos do Covid-19. “A gente está observando que as pessoas do poder público, o pessoal do Executivo e do Legislativo, por exemplo, não estão sofrendo avarias em relação aos salários deles. Nas periferias já tem gente passando fome. É uma falta de sensibilidade”. E citou exemplos de municípios cujos vereadores abriram mão de parte de seus salários para prover recursos para atender as cidades nesse momento.

A CDL disse que não esteve presente na manifestação. "Nós, da diretoria, somos a favor da reabertura gradual no comércio. Já foram apresentados vários planos de ação, mas ainda sem sucesso. Vamos continuar lutando de forma que possa atender à maioria, tomando todas as precauções exigidas pelo Mistério Público e Secretaria de Saúde", afirmou Alice Mendes, presidente da entidade.

Contra a abertura

O Jornal do Sol promoveu uma enquete no story do Instagram. Muitas pessoas se manifestaram sobre o assunto - 36% a favor e 64% contra. O hoteleiro @juliovarnier afirma que concorda totalmente e diz: “tem que abrir urgente, com cuidados e limitado o número de pessoas, mas o povo tem que trabalhar”. @gloriabarros17 afirmou que não concorda, “visto ser o único meio de evitar que o sistema de saúde [não] suporte a demanda de contaminados. Estamos vendo o colapso em Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro”, alerta. E o gerente do GPS de Hotéis e Resortes @richardalvesturismo, é taxativo: “ainda não é hora!”

Nova enquete

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