Julho das Pretas tem intensa programação no IFBA, dia 12/07

Com o tema “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, centenas de cidades brasileiras estão promovendo ações para marcar o “Julho das Pretas”. O movimento celebra o 25 de Julho, “Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha” e “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra”.

Em Porto Seguro acontece intensa programação dia 12/07, quarta-feira, no IFBA, com entrada franca. Serão oferecidas diversas oficinas, palestras, rodas de conversas e atividades culturais. A promoção é do Instituto Federal da Bahia - Campus Porto Seguro e Instituto Sociocultural Brasil Chama África; com apoio da UFSB, OAB Subseção Porto Seguro, Prefeitura de Porto Seguro e outras dez entidades e associações.

Míriam Silva, diretora do Instituto Brasil Chama África, explica que o “Julho das Pretas” “é um movimento nacional de empoderamento das mulheres negras. Em Porto Seguro, é a 11ª edição”. O objetivo é promover reflexões e transformações em áreas que impactam as vidas das mulheres negras, como racismo, misoginia, violência, inserção no mercado de trabalho e falta de visibilidade, entre outras questões importantes.

25 de Julho

Comemorado em 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha nasceu em 1992, ano do 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana.

Além de propor a união entre essas mulheres, visava também denunciar o racismo e machismo enfrentados por mulheres negras, não só nas Américas, mas também em todo o mundo.

Desse encontro nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas. Que conseguiu, junto à ONU, ainda em 1992, o reconhecimento o 25 de Julho como o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.

No Brasil, é comemorado na mesma data também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, sancionada pela Lei nº 12.987/2014, assinada pela presidente Dilma Roussef.

Tereza de Benguela foi líder do Quilombo Quariterê, na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, e, por 20 anos, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo. Tereza era de tal importância e magnitude que todos a tinham por “Rainha Tereza”.  A líder quilombola é um exemplo da importância da mulher negra na história do Brasil.

Programação

Dia 12/07, quarta-feira

08h às 10h - Mesa de Abertura: “Memória e Trajetória de Mulheres Pretas”

Miriam Silva (ISBCA), Gilberlice Menezes (COMPIR), Gilmaria Menezes (Secretaria Diversidade -PS), Gilsea Azeredo (OAB), Ângela Ferreira (COOPCIART), Edna Santos (ODUDUWA), Kota Andressa Anjos (Terreiro Ilê Axé Kajá D'Omi), Ingrid Correia (Sup. de Política para Mulheres), Danielle Araújo (Assessora Parlamentar) e outras. Local: auditório

Intervalo Cultural - Performance Oxigenação: Roberta Lira; Maculelê: IFBAILA

10h20 às 12h - Oficinas

- Dança Afro - Proponente: Maria Rios - Local: quadra

- Trança - Proponente: Ângela Ferreira - Local: sala A03

- Economia Solidária e Empreendedorismo - Proponente: Eladyr Raykil Duração - Local: sala A04

14h às 15h - Oficinas

- Educação Financeira e Geração Renda - Proponente: Gilséa Maria de Azeredo - Local: sala A02

-  Canais de Denúncias de Violência contra a Mulher Online - Proponente: Rocio Alvarez - Local: sala A03

15h às 16h - Conferência: "Condições Femininas no Senegal”

Palestrante: Profª Drª Fatou Sow (Universitè Cheickh Anta Diop); Mediadora: Maria Aparecida de Oliveira Lopes (UFSB); Tradutora: Coumba Diatta (UFSC) - Local: Auditório

Intervalo Cultural - Apresentação de Capoeira: Luna Alvarez

16h30 às 18h - Roda de Conversa: “Interseccionalidade e Justiça”

Lidyane Ferreira - Local: auditório

18h20 às 19h20 - Roda de Conversa: "Mulheres e suas potências"

Verônica Souza (IFBA/Academia PortoSegurense de Letras); Marta Lisboa (UNEGRO) e Roberta Lira (Kurima Bantu Mulheres) - Local: auditório

19h30 - Encerramento: "Coração do Mar"

Fragmentos do texto "Navio Negreiro " - Mary Martins - Local: auditório


Com informações do Instituto Sociocultural Brasil Chama África e Sipad UFPR

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