Elba Ramalho lamenta festa em sua casa e rescinde contrato de locação

Depois da repercussão da notícia de que a polícia militar havia encerrado uma festa na casa de praia da cantora Elba Ramalho, dia 29/12/20, em Trancoso, a cantora gravou um vídeo lamentando o ocorrido e afirmando que não sabia do evento. Ela disse que sabia quem alugou a casa mas não conhecia as pessoas. Dia 30/12/20, a cantora publicou em seu Instagram o pedido de desculpas do locatário do imóvel e o atendimento dele ao seu pedido de rescisão do contrato de locação.

"O empresário Guilherme Souza, locatório do período do Réveillon da Casa de Elba Ramalho, vem a público pedir desculpas à cantora: 'Era um encontro apenas para os hóspedes da casa, mas infelizmente – com o boca a boca – tomou proporções inaceitáveis. Peço desculpas não só à Elba, mas à toda comunidade de Trancoso e não voltará a acontecer.' Diante do ocorrido, acato o pedido de Elba para a rescisão do contrato de locação". Estas são as palavras publicadas dia 30/12/20 no Instagram de Elba Ramalho, depois da publicação do vídeo dela esclarecendo as condições em que sua casa foi alugada.

Desabafo no vídeo

No vídeo, a Elba Ramalho faz um desabafo e pede à imprensa brasileira que tenha mais cuidado na publicação de notícias. As festas de fim de ano estão proibidas no estado da Bahia, conforme decreto estadual.

“Estou no olho de um furação. A mídia resolveu me pegar mais uma vez de bode expiatório de uma história que eu não tenho nada a ver com ela. Tenho algo dentro de mim: a integridade. Busco a verdade e ela é primordial”, disse Elba, no início do vídeo, gravado, segundo ela, no Club Med, em Trancoso, onde está hospedada. “Minha casa está alugada desde o dia 25 de dezembro até o dia 4 de janeiro. É de praxe, todos os anos a gente aluga, e eu não sabia que a casa estava tenho uma festa nessa proporção. No momento da festa eu estava exatamente na igreja, na missa... Comecei receber as mensagens, ver as notícias, tentando digerir tudo isso que está acontecendo”, disse.

Elba falou de seu posicionamento pessoal como artista: “Verdadeiramente é chato porque nós, artistas, precisamos dar o bom exemplo, e eu sou uma pessoa muito responsável com minha vida e a vida dos outros. Sempre dou bom exemplo nas coisas que faço, pelo menos eu me esforço.” A artista disse que não sabe quem vai responder pelo ocorrido. “A polícia parou a festa que estava acontecendo na minha casa mas não foi uma festa feita por mim, eu não estava presente, nem sabia desta festa”.

Ela disse que, preocupada com o que pudesse acontecer na casa, passou no local e conversou com os funcionários dela, levou máscaras para eles, mas as pessoas que alugaram a casa não estavam lá. “Nem conheço direito as pessoas, sei quem são, mas o contrato foi feito por uma empresa”. Elba Ramalho disse que é natural a preocupação “neste momento de pandemia, em que muitas pessoas estão passando por dificuldades,  sofrendo muito pelas perdas, pelo medo”, mas pediu: “por favor imprensa brasileira, tenham mais responsabilidade com as suas notícias, procurem se informar, investigar antes de divulgarem uma coisa, porque eu tenho um nome a zelar e é uma questão de honra para mim, esse nome, que eu construí em cima de muita luta, muita renúncia de muita alegria, mas também de muita dor e de muitas lágrimas”.

A artista disse ainda que tem muito respeito pelo próprio trabalho, por tudo que batalhou “até hoje, com muita honra”. E enfatizou o pedido: “Não tentem destruir isso num segundo não, porque num momento desse acaba que a vida da gente vale os últimos cinco minutos, né?”. Por fim, Elba afirmou que “as pessoas vão se pronunciar” e, mais uma vez, que não tem nada a ver com a festa. “Que a gente possa combater essa pandemia [do novo coronavírus], se libertar e ter uma vida saudável. Eu não posso responder por uma coisa que eu não fiz mas essas pessoas vão responder e eu estou realmente indignada e muito triste por tudo isto”.  

As informações são de que, durante a festa na casa da artista, alugada para turistas de São Paulo, havia cerca de 400 pessoas, muitas delas sem máscara de proteção e sem respeitar as regras de distanciamento.