Festa em Caraíva ameaça tranquilidade do lugarejo

Um vídeo gravado em Caraíva, dia 27/12, mostrou a aglomeração de turistas sem máscaras, do lado de fora de um estabelecimento. De acordo com as imagens, a maioria dos participantes da festa era de jovens. O vídeo circulou nas redes sociais e causou impacto pelo fato de o público aparentemente ignorar a circulação do novo coronavírus pelo mundo e na região. A balada aconteceu mesmo estando proibida pelos decretos municipal e estadual e torna evidente a crise de identidade pela qual passa o lugarejo.

Desde o início da reabertura de Caraíva ao turismo durante a pandemia, as opiniões sobre a chegada dos visitantes na pacata localidade reservam uma certa polêmica entre os moradores. De um lado, há os que querem manter o funcionamento de seus restaurantes, bares, hotéis ou pousadas e afirmam estar cumprindo os protocolos de prevenção à Covid-19. E de outro, moradores que querem manter o sossego típico do local. Desde o início da pandemia até o dia 28/12/20, o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde registrou 28 casos da doença no local. Destes, oito casos foram registrados como ainda ativos em 25/12.

Pelo vilarejo estão espalhados avisos aos visitantes sobre as regras de convivência, esperadas por parte de quem escolheu a vila de Caraíva para morar. Por todos os lados, e inclusive nas portas de estabelecimentos como os da festa, estão placas que pedem o uso de máscaras, de álcool em gel e o respeito ao distanciamento social.

Outros informativos são espalhados pela localidade e procuram manter a ordem sobre o uso racional do espaço físico, a não utilização de long necks - as garrafas de cerveja – pela dificuldade em coletar esse tipo de resíduo, o uso da carroça apenas para transporte de bagagens e a disposição do lixo em locais e sacolas apropriadas. Nesta época do ano, a quantidade de lixo produzida no local é 3,5 vezes maior do que a habitual, segundo informa o perfil Notícias de Caraíva, no Instagram.