Câmara: sobra água da chuva e falta água nos poços


A sessão da Câmara de 04/05/17 foi uma sessão desabafo para alguns vereadores que encontram moradores de áreas inundadas pelas chuvas mais recentes. Mas enquanto alguns bairros sofrem com as inundações, outros sofrem pela falta total de água até para cozinhar.
Dilmo Santiago falou de um problema antigo que envolve o Arraial d’Ajuda, mais precisamente a Estrada da Balsa. A área aterrada em frente ao parque aquático era uma lagoa. Com o aterramento, eliminou-se o espaço natural para convergência da água das chuvas, o que causa alagamentos nas proximidades. Alguns metros antes, as pessoas têm dificuldade até para entrar nas suas residências. Nem a casa do ex-prefeito Abade ficou livre do incômodo. Para Dilmo, a solução é fazer uma espécie de canal para vazão da água. No ritmo das chuvas, o vereador Wilson Machado se sentiu um para-raio, ao enumerar as reclamações de moradores prejudicados com os problemas causados pelas mesmas. “As pessoas vêm reclamar da chuva conosco, como se fôssemos responsáveis por ela. Que culpa temos, se está chovendo?” Mas o questionamento dos moradores tem fundamento, pois os edis são eleitos para resolver problemas como buracos, falta de saneamento, de escoamento, de abastecimento etc etc etc.
Já no Coqueiro Alto, o problema é a falta de água. O vereador Ronildo Vinhas (Nido) levou um abaixo-assinado de moradores da localidade, pedido solução para o problema. O único poço artesiano que abastecia a região está soterrado há algum tempo. O vereador pediu a perfuração de três poços e foi enfático ao afirmar: “Não fui eleito com a prefeita. Estou dando apoio, mas tem coisa que acontece e que enfraquece a amizade. No São João elétrico tem bandas de R$ 350 mil e R$ 180 mil. Mas precisa atender as prioridades do município. A falta de água é uma realidade. Isso é um descaso. O que Trancoso fez para merecer isso? Estamos à deriva, largados e abandonados. Os moradores só recebem água por carro pipa, quando tem.” O problema afeta outras localidades, como Sapirara e arredores. Numa segunda fala, Wilson Machado também reclamou da falta de abastecimento de água: “Tem três escolas em que os poços (artesianos) estão prontos, mas faltam as bombas, as instalações elétricas e o reforço das caixas d’água. Estão lá parados”.