Escolas municipais: protesto ‘fecha’ Estrada da Balsa

Na tarde desta quinta-feira dia, 17 de março, um protesto deixou o trânsito mais lento na Estrada da Balsa, em Arraial d'Ajuda. Diversos pais e alunos das escolas municipais do distrito fizeram uma manifestação contra o abandono das escolas locais. A ação foi realizada em frente ao Ecoparque, onde os manifestantes fechavam a via por 10 minutos e liberavam pelo mesmo tempo. Com cartazes e apitos, o protesto pacífico teve como intuito chamar a atenção para os diversos problemas das escolas, transporte e merenda das mesmas.

De acordo com Gleice França, mãe de duas alunas da Escola Municipal Helena Pasconelli, a antiga Emad, foram quase três anos sem aula. “Hoje 1 de março, ainda não foram realizadas as melhorias. Não temos cadeiras suficientes para os alunos, nem água para as crianças e apenas um dos banheiros funciona.  A instalação elétrica também não foi concluída e nem temos previsão de quando as crianças poderão voltar às aulas presenciais. A prévia que nos passaram foi dia 21, mas é incerto. A nossa manifestação é para reivindicar justamente isso: que os nossos filhos tenham condições de voltar às aulas presenciais. Estamos abandonados”, ressalta.

Ainda segundo a mãe, a situação se estende para a escola Alzenir Nobre, que atenderá crianças de 4 a 9 anos. “O teto da escola caiu. Como mandar os filhos para uma escola nessa situação? Sem infraestrutura, nem limpeza, sem ventilação adequada, nem EPI’s para atender os alunos”, declara.

Mais reivindicações

Edijane Conceição Santos é mãe de outra aluna da antiga Emad e acredita que neste tempo que a escola ficou fechada era o momento de terem realizado as melhorias, mas infelizmente não foi assim.

“Acho que é obrigação do governo oferecer um local adequado para as crianças estudarem. Não dá para colocar os alunos em um local que não tenha banheiro e que as tomadas dão choque, sem merenda, sem funcionários e professores. Fizemos um abaixo-assinado nos negando a deixar nossos filhos nessas condições”, salienta.

Edijane também fala de outro problema que tem causado transtorno também entre os alunos: o transporte público. “Os ônibus escolares que deveriam ter lotação máxima de 55 alunos, estão levando 83. Onde estão os outros onibus? Se não tem é preciso contratar mais! Nossos filhos não podem ir nessas condições, até porque tem alunos pequenos que fazer esse trajeto”, finalizou.


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