Coral Vivo tem oportunidade de extensão para universitários

Estão abertas as inscrições para os próximos dois anos do Programa de Extensão Universitária (Proex) do Projeto Coral Vivo, voltado para estudantes de graduação e pós-graduação de todo o Brasil. O programa, criado em 2007, visa dar aos universitários a oportunidade de ampliar os conhecimentos acadêmicos acerca da conservação de ambientes marinhos, em especial, os recifes de coral, através do acompanhamento direto das ações realizadas em campo pela equipe do Coral Vivo.

Para participar, os interessados devem se cadastrar pelo site da instituição (na seção “participe/extensão universitária”) e fazer a inscrição para o período disponível. O programa começa em janeiro de 2022 e vai até dezembro de 2023. A cada mês, duas vagas são disponibilizadas, atendendo 45 alunos até o fim do programa.

O candidato selecionado para o Proex vai passar 23 dias (160h de trabalho) acompanhando a equipe do projeto Coral Vivo em todas as atividades desenvolvidas pelos pesquisadores, educadores, colaboradores e funcionários que trabalham na base do projeto, dentro do Eco Parque de Arraial d’Ajuda, na Bahia. As funções vão desde realizar atendimento ao público que visita o Eco Parque, passando por acompanhar reuniões de políticas públicas ambientais até participar das saídas de campo e pesquisas de laboratórios.

“O Proex não é um estágio, é uma experiência de vida. O aluno passa por uma vivência, que engloba o saber das diversas ações que o Coral Vivo desenvolve. É um período de muito aprendizado e muita troca, já que tentamos sempre selecionar pessoas de diferentes regiões do país, que também possam trazer informações sobre os locais onde moram”, explica Flavia Guebert, coordenadora geral do projeto.

O candidato não precisa necessariamente estar cursando Biologia Marinha para se inscrever. Pode ser vivenciado por estudantes de áreas afins, como, Oceanografia, Zootecnia, Veterinária, entre outras. O importante é ter interesse e aptidão para o universo que envolve os ecossistemas marinhos. As passagens (aérea ou ônibus) para Arraial d’Ajuda ficam por conta do estudante e o Projeto Coral Vivo fornece hospedagem e ajuda de custo para a alimentação. No final da experiência, cada estudante apresenta para a equipe o que está́ desenvolvendo na sua universidade e o que aprendeu sobre as diferentes vertentes do Projeto durante sua estada, recebendo um certificado de conclusão.

Para a pesquisadora Laura Marangoni, participar do Proex foi a porta de entrada para se profissionalizar. Por meio dela, a Universidade do Rio Grande (Furg) começou a fazer parte da Rede de Pesquisas Coral Vivo e, atualmente, o professor Adalto Bianchini é o coordenador de Pesquisas do Projeto Coral Vivo. Em 2012, ela participou dos preparativos de montagem do mesocosmo marinho para o desenvolvimento de experimentos sobre os impactos futuros das mudanças climáticas, que gerou uma série de artigos em publicações internacionais. Essa integração com o grupo proporcionou a oportunidade de ser uma das editoras do livro de divulgação científica “Conhecendo os Recifes Brasileiros: Rede de Pesquisas Coral Vivo”. Laura conta que se inscreveu na graduação e passou na segunda seleção. “Acompanhei a desova de corais nos viveiros e aprendi com os monitores até a identificar espécies nesse período de 1 mês”, lembra Laura sobre o início no Projeto.

Já para Rebeca Rocha, graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Lavras, local de Arraial d’Ajuda, a experiência a ajudou a descobrir sua paixão pela Biologia Marinha. “Quando comecei a fazer o programa, me encantei completamente pela biologia marinha que, até então, eu não achava tão interessante por ter sido algo que sempre fez parte da minha vida e eu achava banal. O Coral Vivo me proporcionou em um mês o que a Universidade não me proporcionou em dois anos: experiências verdadeiras e com pessoas não acadêmicas. Foi incrível”, relata.

A vivência também transformou a vida da estudante Darluci Picolli, do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária na Universidade Estadual de Santa Catarina. Apesar de já ter alguns anos de experiência trabalhando com organismos marinhos como bioindicadores da qualidade da água, ainda era leiga em relação aos corais. “No Proex pude ter a visão da parte de conservação, entender a importância e o ciclo do organismo no habitat deles, além do dia a dia do Projeto que é extremamente legal. Aprendi muita coisa. Tive um momento a sós com cada um da base, que parecem ser escolhidos a dedo para a função que desempenham”, conta.


Com informações e foto do Projeto Coral Vivo

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