Iniciada 2ª etapa de vacinação contra a Febre Aftosa na Bahia

A Bahia recebeu o status de Zona Livre da Febre Aftosa, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), nos últimos 23 anos de forma consecutiva. Para dar continuidade aos resultados positivos, dia 1º/11/20 foi iniciada a 2ª etapa de vacinação contra a doença em 2020, destinada a bovinos e bubalinos de até dois anos de idade.

Além de vacinar, o produtor deve declarar todo o rebanho para a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Para evitar aglomeração e tornar mais rápida a declaração da vacina, o produtor pode realizar o processo via internet, no site da Adab (www.adab.ba.gov.br), e também nas lojas de revenda de produtos agrícolas e sindicatos rurais.

A meta é vacinar quase 3,3 milhões de animais na Bahia, nesta segunda etapa anual contra a Febre Aftosa. O produtor terá que declarar os animais de até dois anos, assim como as demais faixas etárias, e realizar a atualização dos dados cadastrais. A segunda etapa assume uma maior importância por se tratar de animais mais jovens, alguns ainda não receberam nenhuma dose de vacina e estão com o sistema imunológico em formação e, portanto, mais vulneráveis à doença.

Os pecuaristas que não vacinarem o rebanho durante o período da campanha e não fizerem a declaração ficarão impedidos de vender ou transportar o rebanho. Por isso, a orientação é não deixar para última hora, evitando a perda dos prazos. A Adab ressalta aos produtores a necessidade da vacina contra a Brucelose, que também é obrigatória.

O coordenador do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa da Adab, José Neder, destaca que apesar de a doença ter sido erradicada na Bahia no ano de 2001, a vacinação ainda é mantida. A próxima etapa do trabalho prevê a eliminação da vacinação em 2021.

“Pedimos a atenção dos produtores para podermos cumprir o calendário oficial do Ministério da Agricultura. Se obtivermos altas taxas de vacinação nessa etapa, juntamente com as duas etapas do próximo ano, receberemos a chancela e poderemos retirar em definitivo a vacinação contra a Febre Aftosa na Bahia, o que seria um marco para o setor produtivo”, explica José Neder.

Erradicação

A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta animais de casco fendido, como os bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. Pode ser transmitida principalmente pelo contato dos animais sadios com animais doentes. O vírus pode ser transportado pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas que entrem em contato com animais doentes.

A enfermidade provoca graves restrições sanitárias e comerciais ao estado e ao país, desvalorização no preço da arroba, desemprego no setor frigorífico e pode causar embargos comerciais a outros produtos, como o farelo de soja, frutas e exportação de carne de frango e suína, além de grande impacto social e econômico.

A vacinação contra a Febre Aftosa ganha atenção especial da Adab em territórios que não atingiram uma alta no índice vacinal durante a primeira etapa da campanha, em maio e junho (dois meses excepcionalmente por conta das dificuldades de logística em função da pandemia).

“A vacinação assistida, isto é, com a presença dos médicos veterinários e técnicos agrícolas da Adab em propriedades e visitas de orientação, vai acontecer nessa etapa que começa no próximo domingo”, informa o diretor de Defesa Sanitária Animal, Carlos Augusto Spínola.

Mas para seguir o protocolo sanitário, todos os cuidados para evitar a transmissão da Covid-19 deverão ser seguidos. “O distanciamento recomendado entre trabalhadores, servidores da Adab e produtores nos currais durante o ato da vacinação deve ser de dois metros”, lembra o diretor-geral da agência, Maurício Bacelar.

A 1ª Etapa da Vacinação de 2020 atingiu 93,65% de imunização do rebanho de todas as faixas etárias, ou seja, cerca de 10 milhões de animais em 240 mil propriedades foram imunizados. “No entanto, a importância dessa segunda etapa é fundamental para garantir nossa caminhada para que em 2021 possamos nos tornar território livre da doença sem vacinação, o que vai possibilitar uma maior aceitação dos nossos animais e produtos nos mais exigentes mercados internacionais”, conclui Maurício.


Fonte: Secom GovBA - Fotos: Divulgação/Adab