A construção de uma casa de shows pé na areia em Taperapuã, com cerca de 2 mil m², está chamando a atenção de quem passa pelo local. A enorme área nobre, em frente à Arena Axé Moi, foi cercada por tapumes e a obra tem ritmo acelerado.
Após o acordo jurídico que evitou demolições, ordenando e requalificando as barracas de praia da Orla Norte, a edificação da mega estrutura causa, no mínimo, perplexidade. Mas para o vereador Bolinha (PSC), a construção é ilegal. “Já acionamos inclusive o Ministério Público e o Iphan e protocolamos as denúncias”, diz.
Bolinha reforça que a área é uma zona de restauração ambiental, sob uma lei, que determina a proibição de novas construções desde 2014. “Há um acordo com o Ministério Público Federal e Iphan, de que somente os locais que já tivessem empreendimentos, anteriores a 2014, poderiam ser modificados. Em outros pontos da Orla, não é permitido receber novos e tenho isso documentado”.
“Acredito que a prefeitura tenha liberado, porém não procurei, nem tive acesso a tais documentos. Demonstro aqui o meu repúdio e a minha contrariedade”. Para o vereador “é impensável que uma empresa se aposse de uma área de praia que é propriedade da União e da Marinha - protegida e preservada por esses órgãos - para construir uma estrutura tão grande, como se fosse uma área privada”.
“O local não tem permissão para construção que não seja pré-existente. Se fosse qualquer outro cidadão comum não poderia fazê-lo por ser uma área de preservação e proteção ambiental e área de restinga. Me passa a impressão de que a lei não vale para todos”, finaliza.
O Jornal do Sol está em contato com representantes do empreendimento mas ainda não obteve retorno.
Felicitá
Videos que circulam nas redes sociais mostram que ali será instalado a casa de shows Palm Beach, com camarote VIP, super palco e banheiros climatizados. O primeiro evento programado é o Festival Felicitá, de 28/12 a 20/01.
Imagem: Reprodução
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