Bolsa Família é destaque em relatório internacional

O estudo Relatório de Desenvolvimento Humano 2015 – Trabalho para o Desenvolvimento Humano,do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), destaca a importância do Bolsa Família para o crescimento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) obtido pelo Brasil nos últimos anos . O estudo, divulgado dia 14/12/15, mostra que IDH brasileiro alcançou o nível 0,755 em 2014 , em uma alta de pouco mais de 10,5% ante o índice de 0,683, em 2000.
O Pnud cita, nesse contexto, o Bolsa Família como fator importante para o avanço do IDH e aponta que o programa é exemplo a ser copiado por outros países. “O relatório reconhece a importância dos programas sociais, justamente, porque eles proveem um piso de proteção social que funciona nestes momentos de acidentes de percursos e de crise”, explica a coordenadora do relatório do Brasil, Andréa Bolzon.
O programa de complementação de renda, segundo o relatório, teve efeito na queda do Índice de Pobreza Multidimensional, que considera, além da renda, as condições de saúde, educação e padrão de vida. De 2006 a 2014, o índice teve redução de 27,5%, passando de 4% para 2,9% de brasileiros nesta condição.
“O Bolsa Família tem permitido um aumento na taxa de emprego da população economicamente ativa, uma redução das taxas de inatividade e de informalidade, um aumento da proporção de trabalhadores contribuindo para a seguridade social e um aumento no salário médio na ocupação principal”, ressalta a publicação, ao afirmar que o programa venceu as preocupações iniciais de que as transferências de dinheiro para pobres podiam diminuir a oferta de trabalho e taxa de emprego.

Investimentos em infraestrutura, aponta o estudo, permitiram a criação de empregos para trabalhadores de baixa qualificação, com efeitos sobre a pobreza e a desigualdade. E ainda destaca a importância da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para as mulheres agricultoras, ao ampliar acesso a informações de mercado, insumos e recursos financeiros.
Foco
O IDH ajustado à desigualdade (IDH-D) mostra que este é um dos principais desafios do país, após superar a extrema pobreza. O indicador aponta um impacto de 26,3% de redução no IDH.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, avalia que novas políticas públicas de combate à desigualdade precisam ser mais especificas. “Conseguimos mudanças estruturais no Brasil, não só por que a renda melhorou, mas todos os outros índices também. Temos um País menos desigual e a nova agenda política precisa olhar para essa mudança”, disse.
Segundo a ministra, o País tem quatro principais desafios: continuidade das ações de combate à desigualdade, ações especificas para povos específicos, melhorar a inserção no mercado de trabalho e reforçar a educação. E destacou que as ações precisam ter escala e abrangência. “As políticas têm que ser mantidas. É o mínimo que temos que ter. Não podemos retroceder”, destacou Tereza Campello.


Fonte: Portal Brasil