Serviços caem quase 3% na Bahia, em novembro


Após ter crescido 3,3% em outubro, o volume do setor de serviços na Bahia recuou 2,9% em novembro de 2017, na comparação com o mês imediatamente anterior, livre de influências sazonais.
Foi o terceiro pior resultado dentre os estados nesse tipo de confronto, acima apenas dos verificados no Maranhão (-3,6%) e no Amapá (-3,3%), e em sentido contrário à média nacional, que mostrou crescimento de 1,0% do setor de serviços entre outubro e novembro do ano passado.
De outubro para novembro, o volume de serviços caiu em 7 dos 27 estados brasileiros. Os melhores resultados do setor ocorreram no Acre (6,6%), em Rondônia (5,8%) e em Mato Grosso (5,0%); o Distrito Federal mostrou estabilidade (0,0%).
No confronto com novembro de 2016, o volume dos serviços na Bahia também voltou a recuar (-6,4%), após o crescimento de 2,5% que havia sido verificado em outubro. A queda no estado foi maior que a do país como um todo (-3,7%).
De janeiro a novembro de 2017, o setor de serviços baianos acumulou queda de 4,7%, mais intensa que a média nacional (-3,2%). Nos 12 meses encerrados em novembro do ano passado, o recuo no estado (-5,0%) também foi maior que o do país como um todo (-3,4%). Em ambos os acumulados, houve leves aumentos do ritmo de queda na Bahia em relação aos resultados de outubro (que haviam sido de 4,6% e 4,5% respectivamente).
Nas comparações com 2016, o setor de serviços segue negativo na maior parte do país. No confronto novembro/17, novembro/16, o setor caiu em 21 dos 27 estados, com destaque para os recuos no Amapá (-14,6%), Maranhão (-10,2%) e Pará (-10,0%). Nos acumulados no ano de 2017 e nos 12 meses encerrados em novembro/17, apenas Paraná (4,8% e 3,6%, respectivamente) e Mato Grosso (13,5% e 9,2%) mostram crescimentos.

Transportes têm aumento

Frente ao mesmo mês de 2016, em novembro de 2017, apenas uma das cinco atividades de serviços pesquisadas teve resultado positivo na Bahia: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (17,5%).
Por terem o maior peso na estrutura dos serviços no estado, os transportes foram a principal influência no sentido de evitar um desempenho ainda pior do setor em novembro. A atividade vem crescendo sistematicamente desde junho de 2017 e acumulava, até novembro do ano passado, alta de 4,6% - único resultado positivo dentre as atividades, na Bahia.
Já os Serviços profissionais, administrativos e complementares (-33,7%), que vêm caindo a dois dígitos desde março de 2017, continuaram exercendo a principal influência negativa sobre o desempenho do setor de serviços baiano, em novembro.
O resultado da atividade em novembro mostrou aumento do ritmo de queda em relação a outubro (-21,2%) e foi o pior, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde novembro de 2015 (-35,3%). De janeiro a novembro de 2017, a atividade acumulava queda de quase 20% (-19,7%).
Os serviços profissionais também têm peso importante na estrutura dos serviços baianos. Trata-se de um grupo diversificado, com grande peso um pouco maior das atividades direcionadas às empresas (ligadas às áreas jurídica, contábil, de segurança, assessorias e consultorias em diversos campos), mas também que atendem as famílias (agências de viagem, empresas jornalísticas, entre outras).
De outubro para novembro, as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia tiveram variação negativa de -0,3%, após terem crescido 1,6% de setembro para outubro, na comparação com ajuste sazonal.
Nesse confronto, na média nacional, as atividades turísticas cresceram 0,9%. Dentre os 12 estados em que elas são pesquisadas, além da Bahia (-0,3%), Distrito Federal (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,6%) e Minas Gerais (-0,5%) tiveram recuos. Por outro lado, Rio de Janeiro (2,5%), Pernambuco (4,3%) e Santa Catarina (4,7%) apresentaram os melhores desempenhos.
O resultado do turismo baiano também foi negativo na comparação com novembro de 2016 (-3,0%), embora melhor que a média nacional (-6,6%). Nessa comparação, Rio de Janeiro (-19,9%) e Distrito Federal (-19,6%) seguem com os piores desempenhos, enquanto Pernambuco (11,9%) e Goiás (8,6%) têm os maiores crescimentos.
Mesmo com os resultados negativos de novembro, o volume das atividades turísticas ainda segue em crescimento, na Bahia, tanto no acumulado no ano de 2017 (1,1%) quanto no acumulado nos 12 meses encerrados em novembro (0,8%). Ambos os resultados são melhores que a média nacional (-6,6% e -5,9% respectivamente).


Fonte: IBGE