Vigilantes encerram greve que durou 15 dias


Após 15 dias em greve, os vigilantes da Bahia voltaram aos seus postos de trabalho, em 08/06/17. A categoria alcançou reajuste de 6%, um ponto percentual a menos do que haviam pedido inicialmente. O reajuste será retroativo ao mês de maio. Também foi de 6% o aumento no valor do ticket de alimentação. A contribuição do trabalhador, que era de 20%, passou para 15%.
O acordo com a classe patronal só foi fechado depois de onze rodadas de negociação e com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), em cuja sede foram realizadas as reuniões, no Corredor da Vitória, em Salvador.
Segundo Jefferson Fernandes, secretário de comunicação do Sindivgilantes, embora tivessem obtido avanços, ainda restam alguns pontos a serem resolvidos. Um dia antes do acordo, o site da categoria já havia informado que o patronato recuou na proposta de realização de hora extra na folga. Ficou mantida a data base em fevereiro.
Ao todo, 32 mil vigilantes em toda a Bahia foram mobilizados no período de greve, de uma forma ou de outra. Os que não participaram dos manifestos nas ruas da capital, ficaram na frente dos locais de trabalho. E os que saiam de casa no intuito de trabalhar, eram impedidos pelos colegas manifestantes. Os vigilantes receberam apoio de algumas instituições ligadas aos direitos do trabalhadores. Não se tem notícia de situações conflituosas durante as manifestações e passeatas nas ruas.
A greve dos vigilantes teve reflexos em vários serviços no estado baiano. Bancos, agências do INSS, estabelecimentos comerciais e os turísticos, como os museus, e escolas não funcionaram ou funcionaram parcialmente. A população sentiu os prejuízos causados por cheques compensados, agências que não estavam efetuando depósitos, caixas eletrônicos sem disponibilidade para saques, perícias médicas que tiveram que ser adiadas e alunos que deixaram de assistir aulas por falta de segurança nas escolas. Em Porto Seguro, são grades as filas dos bancos, já que durante os dias de greve, cliente algum teve acesso ao interior das agências.