Censo Agro em Porto Seguro já visitou mais de 80% dos estabelecimentos previstos


O Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já visitou, até a primeira quinzena de dezembro, 712 estabelecimentos em Porto Seguro. O número corresponde a 82,7% do total de questionários previstos. O percentual está acima do levantamento no estado (55,3%) e das cidades vizinhas (Santa Cruz Cabrália: 36%, Eunápolis: 48,4% e Belmonte: 33,4%).

São apuradas informações sobre estoques, efetivos da pecuária, da lavoura permanente e da silvicultura, entre outras. Para a aplicação dos questionários no município foram contratados cinco recenseadores, que se dividem nos 71 setores rurais. De acordo com IBGE, Porto Seguro possui cerca de 970 estabelecimentos agropecuários cadastrados na base de dados de 2007. Incluem-se nesta relação os distritos Arraial d´Ajuda, Vale Verde, Trancoso e Caraíva.

Em Santa Cruz Cabrália, a expectativa é de preenchimento de cerca de 830 questionários, divididos em 30 setores rurais. Para o censo agro naquele município foram contratados três recenseadores.

Na região, o número de cadastros é apenas uma estimativa, havendo, portanto, uma expectativa de acréscimo, especialmente devido à criação de diversos assentamentos no município, segundo informou Eduardo d’Avila, agente censitário.

Motivação e desafios

Segundo o IBGE, as belas paisagens, o contato com a cultura rural local e a receptividade dos agricultores no extremo sul baiano tem sido causa de motivação para os recenseadores, que na maioria das vezes, são bem acolhidos. “Essa boa recepção se deve, em parte, à divulgação realizada pelos canais de comunicação, que, em conjunto com o IBGE, informam à população e aos agricultores a importância de cooperar com a pesquisa do Censo Agropecuário 2017, realizado em todo território nacional”, afirmou Eduardo.

Além de reconhecer estabelecimentos registrados anteriormente, cadastrar novos e percorrer toda a área estipulada pelo IBGE, passando por acessos precários, como pontes caindo aos pedaços, não encontrar o informante é um dos maiores desafios, conforme relato. “É muito oneroso retornar ao local”. Outro desafio é lidar com a falta de informações precisas por parte dos produtores, muitas vezes, sem o controle da produção e das informações financeiras.

Nos locais de difícil acesso, muito comuns, os recenseadores têm ajuda da comunidade local e de instituições como a Marinha, a prefeitura e comissões municipais de geografia e estatística. O aparecimento de animais na mata também é comum, mas, assim como na cidade, os cachorros são o principal empecilho, porque perseguem os agentes.

É importante salientar que os recenseadores são identificados com o crachá do IBGE, colete e o dispositivo móvel de coleta de dados, uma espécie de computador de mão, utilizado para aplicação do questionário. O IBGE informa que, em caso de dúvidas, o agricultor deve ligar no 0800 721 8181 ou acessar o site www.ibge.gov.br